A separação sólido líquido na mineração é um assunto que desperta o interesse de muitos profissionais que buscam entender melhor como funciona todo o processo de beneficiamento mineral.
Entenda nesta publicação uma parte bastante específica desse processo que é rotineiramente feito por inúmeros segmentos e setores do mercado. Conheça o que é separação sólido líquido e os tipos de espessadores mais comuns nesta etapa. Continue lendo!
O que é Separação Sólido Líquido na Mineração?
Etapa mais do que importante durante a separação de minerais, esse é também um processo crítico e, por vezes, bastante custoso à mineração. Para se ter uma ideia, apenas com esta etapa, em determinados casos há um consumo energético que varia de 15 a 40% do total que é gasto em todas as etapas do beneficiamento mineral.
Porém, por que é necessário realizar a separação sólido líquido na mineração afinal de contas?
Esse processo tem por único objetivo recuperar, preparar e desaguar, quando necessário, polpas, concentrados e rejeitos diversos e que sejam constantes na matéria principal que está em processo de preparo para que seja dada a continuidade ao procedimento em questão.
Existem muitas formas de se promover uma eficiente separação sólido líquido. Entre elas estão a centrifugação, a flotagem, a filtragem, a separação magnética, entre outras que abordamos aqui no portal.
Neste artigo serão tratados alguns dos principais tipos de espessadores existentes hoje no mercado. Acompanhe maiores detalhes a seguir.
O que é e como funciona um Espessador?
Primeiramente, é importante ressaltar o que são espessadores. Caracterizados como tanques, os espessadores agrupam sedimentações ao longo do processo de separação sólido líquido, que é conhecido e chamado como espessamento.
Uma das principais aplicações em que são utilizados os diferentes tipos de espessadores é no processo responsável por recuperar água proveniente das polpas repletas de rejeitos. Além disso, também é comum o uso do espessamento como fase preliminar, ou seja, inicial, para operações subsequentes tais como flotação, moagem entre outras.
Vale destacar que os espessadores funcionam a partir de um princípio consideravelmente simples, que avalia as diferenças existentes entre as massas específicas à fase sólida e líquida. O produto final dessa etapa é uma matéria muito mais sólida e consistente.
Muito utilizados em meio ao beneficiamento mineral, o espessamento possui finalidades que estão especificadas abaixo:
- Obter polpas mais adequadas e melhor concentradas às etapas que se darão em sequência;
- Possibilitar um descarte mais eficiente e eficaz de rejeitos;
- Recuperar sólidos que são utilizados em etapas e processos hidrometalúrgicos;
- Reutilizar a água gasta em processos industriais internos e com fins assistidos.
De modo geral, os tanques de espessamento são constituídos com uma parte superior cilíndrica com diâmetro maior que a altura; parte inferior representada por cone raso com apex voltado para baixo; calha interna ou externa ao tanque; para coleta do overflow; calha da alimentação; passarela para mecanismo de giro; alimentador; mecanismo de giro de braços e pás; sistema de remoção do underflow.
Por fim, ressalta-se ainda que existem alguns fatores externos que determinam o grau de eficiência dos diferentes tipos de espessadores. Alguns desses fatores são a viscosidade, a densidade, a temperatura, a forma e também o tamanho das polpas e partículas.
Quais são os principais tipos de espessadores?
Para melhor aproveitamento dos produtos e matérias que passam pela separação sólido líquido na mineração é necessário trabalhar com os melhores equipamentos e processos.
Tratando-se do espessamento, existem alguns tipos de espessadores que devem ser considerados para que os resultados finais sejam amplamente satisfatórios. A seguir elencam-se três deles:
1. Espessadores do tipo Contínuo Convencional
O espessador contínuo convencional consiste em um tanque provido de um sistema de alimentação de suspensão e outro de retirada do espessado (raspadores), dispositivos para descarga do overflow e do underflow. Esse tipo de espessador contínuo é o mais utilizado industrialmente
2. Espessadores do tipo Alta Capacidade
Esse tipo de espessador é bastante semelhante ao contínuo convencional, porém com alguma modificação estrutural de projeto – seja por meio da inserção de lamelas ou modificação no posicionamento da alimentação da suspensão, entre outras – que promove o aumento da capacidade do equipamento. Uma das vantagens desse equipamento, além de aumentar a capacidade, é promover um aumento na área de espessamento, sem que haja aumento no seu diâmetro. Este fato é muito atraente industrialmente, especialmente no que diz respeito ao espaço necessário para a montagem dos mesmos.
3. Espessadores do tipo Lamelas
Por fim, vale citar ainda outro tipo de espessador bastante usado e comum, o de lamela. Também considerado como de alta capacidade.
Com um equipamento um pouco mais diferenciado, já que conta com lâminas inclinadas e que ficam lado a lado, é o tipo que mais economiza espaço visto que sua capacidade é maior que dos demais espessadores listados. Outro fator importante é que a partir deste tipo de espessamento a sedimentação acontece mais rapidamente.
4. Espessadores com alimentação submersa
Nesse tipo de espessador, a alimentação da suspensão é feita dentro da região de compactação, por isso é considerada submersa. Isso elimina a necessidade da sedimentação livre das partículas sólidas, pois essas são alimentadas dentro do leito de lama já existente, que aprisiona as partículas sólidas, enquanto o líquido percola o leito em movimento ascendente, em direção à região de líquido clarificado.
Entendeu como funciona o processo de separação sólido líquido e os tipos de espessadores mais utilizados na mineração moderna? Ainda tem dúvidas sobre tais procedimentos? Aproveite para deixar seu comentário e troque experiência com outros leitores!
Deixe um comentário