Você sabia que a prospecção geoquímica em plantas destaca-se como uma excelente opção quando não existem outras formas eficientes para prospectar determinado território?
Inicialmente utilizada em países com neve, no hemisfério norte, atualmente a técnica é empregada a diferentes tipos de solos, a fim de averiguar se existem indícios metais preciosos, como o ouro.
Vale ressaltar que a biogeoquímica é considerada hoje como uma alta tecnologia de baixo custo. Graças a isso, aplicar o método para a prospecção mineral significa realizar uma análise química e também morfológica de toda a vegetação, antes de empenhar grandes investimentos à área estudada.
Algumas plantas têm tolerância a elementos químicos da tabela periódica. Por exemplo, a Schinus lentiscifolius é uma planta que tolera determinadas quantidades de cobre. Sua existência em uma região pode significar a presença deste componente.
A prospecção geoquímica em plantas (biogeoquímica), portanto, tem por principal objetivo estudar diferentes vegetações e suas decomposições, a fim de determinar a existência de minérios como ouro, prata e cobre nas regiões averiguadas.
Entenda como funciona a prospecção geoquímica e sua importância em diferentes processos da atualidade neste artigo.
Prospecção geoquímica – O que é isso?
Geoquímica é responsável pelo estudo de todos os elementos químicos que estão presentes na Terra, seja no solo, na crosta ou em qualquer outra das camadas do planeta. Prospecção geoquímica, por sua vez, são os métodos geoquímicos empregados em toda a exploração de um espaço.
Como a própria palavra conceitua, prospectar é o ato ou efeito de aplicar técnicas em pesquisas, neste caso, são os tipos de estudos preliminares que podem ajudar no encontro de jazidas e reservas minerais.
Prospecção geoquímica em plantas
Confundida com geobotânica, a biogeoquímica é uma das técnicas utilizadas nos estudos e relações que determinam a presença de depósitos minerais em diferentes tipos de terreno.
Ressalta-se que originalmente este modelo de análise surgiu em países que, graças à neve, era mais difícil atingir ao solo para coletar amostras. Algum tempo depois, percebeu-se que algumas plantas guardam consigo a capacidade de acumular determinados tipos de metais.
A partir desta descoberta, rapidamente o estudo biogeoquímico deu seus primeiros passos com a missão de determinar, a partir da observação das concentrações de elementos químicos nessas plantas, se havia ou não a existência de jazidas no local testado.
Tal prática desde o início ajudou a diminuir a margem de erros e falhas destes processos, evitando-se gastos e custos dispendiosos e comuns entre as técnicas de prospecção.
Alguns casos que demonstram a relação direta da biogeoquímica com o encontro de diferentes minérios podem ser vistos nos exemplos a seguir:
Curatella americana: Conhecida no Brasil como lixeira, esta planta é acumuladora de ouro. Sua análise em diferentes territórios pode demonstrar a existência do minério a partir de seus diferentes níveis de acúmulo.
Astragalus: Chamado de Platô do Colorado essa espécie de planta pode indicar solos com presença de selênio e Urânio. Ao estudar essa classe botânica é possível encontrar acúmulos de até 15 mil PPM – partes por milhão – dosagem esta que influencia até mesmo no odor da planta, assemelhando-se a alho.
Sebertia acuminata: Acumuladora de níquel, esta espécie botânica é um caso extremo na biogeoquímica sendo que suas folhas contêm mais de 11 mil PPM, os mais altos níveis de níquel em seres vivos que tem conhecimento até hoje.
Como a prospecção geoquímica em plantas colabora com o encontro de jazidas?
A prospecção mineral é uma das mais importantes fases da exploração geológica. Cada uma das etapas tem sua importância, seja no reconhecimento, mapeamento ou amostragem de solo e precisam ter todas as observações consideradas para dar continuidade ao processo.
O encontro de expressivas concentrações de elementos químicos nas plantas é um dos mais fortes indícios de que há viabilidade para a exploração mineral da região. E isso tudo sem extrapolar tempo ou dinheiro para se chegar a tal conclusão.
A vegetação, quando avaliada junto com outros importantes critérios da mineração, pode indicar com maior precisão o que o solo tem a oferecer. Essa etapa prévia ajuda pesquisadores e interessados a concluir sobre a viabilidade da exploração do local.
Como se vê, é importante trabalhar com a prospecção geoquímica em plantas, a fim de reduzir os períodos de pesquisa otimizando o processo exploratório. Infelizmente o procedimento ainda não é explorado em sua totalidade, porém cada vez mais especialistas começam a empregá-los em suas rotinas de trabalho.
Gostou das informações fornecidas neste artigo sobre biogeoquímica e a importância da prospecção mineral? Aproveite para comentar suas observações e troque experiência com outros usuários!
Deixe um comentário