De acordo com relatos, a história da exploração de rochas para fins ornamentais remonta há pelo menos 4500 anos, através dos sumérios, egípcios e mesopotâmios, que utilizavam principalmente as rochas calcárias e graníticas para a construção de pirâmides, monumentos e obras artísticas.
Porém foi somente no início do séc. XX que a mineração passou a dedicar-se com mais afinco à exploração dos vários tipos de rochas ornamentais, graças às novas necessidades produzidas pela Revolução Industrial.
No Brasil, foi nos anos 50 e início dos 60 que a exploração de rochas ornamentais passou a ganhar o status de produção industrial; até que a partir dos anos 80 e 90 o Brasil finalmente se estabeleceria como um dos 5 maiores produtores e exportadores de rochas ornamentais do mundo, com uma produção anual de cerca de 9 milhões de toneladas.
O que são rochas ornamentais?
Basicamente, as rochas ornamentais são formações rochosas, produzidas pela natureza e compostas por vários minerais que, de acordo com a forma como são processadas, resultam em materiais utilizados para fins estéticos, para a decoração de ambientes, como matéria-prima para obras de arte, construções; além de várias outras utilidades que são estabelecidas durante a mineração, com base na sua beleza, originalidade e resistência.
É um tipo de material que desde a Idade Média vem experimentando uma diversificação no seu uso, deixando de atender apenas às necessidades da construção civil, através da construção de palácios, Igrejas, fortalezas; para ser utilizado, também, como objeto de pesquisa arqueológica, matéria-prima para esculturas, objetos de estudo e para fins estéticos.
Segundo especialistas, cerca de 130 países espalhados pelo mundo utilizam, atualmente, vários tipos de rochas ornamentais para os mais diversos fins, onde destacam-se: o mármore, o granito, a ardósia; além de outros agregados rochosos.
Tipos de rochas ornamentais
Os tipos de rochas ornamentais mais explorados pela mineração no Brasil são o mármore e o granito, tecnicamente denominados de pedras naturais ou lapídeas, por serem as mais indicadas para revestimento e decoração de ambientes.
São extraídas em forma de blocos e talhadas em vários formatos e, logo após, medidas, polidas e acabadas, até estarem prontas para serem utilizadas como rochas ornamentais.
Esses tipos de materiais são também os mais consumidos no país, com o granito somando cerca de 65% das extrações, o mármore 18%, a ardósia 10%; e o restante distribuído entre vários outros tipos de formações rochosas.
Estima-se que sejam em torno de 1000 tipos de rochas ornamentais diferentes beneficiadas no país em mais de 1400 campos de mineração, mantendo o Brasil na 6ª posição entre os maiores exportadores desse tipo de produto no planeta, segundo o Departamento Nacional de Pesquisa Mineral (DNPM).
Os maiores exploradores do Brasil
Dentre os maiores exploradores desse tipo de rocha ornamental no país, destacam-se os estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Juntos, atuam na mineração brasileira abocanhando uma fatia de quase 63% da produção desse material no país.
A rocha é extraída forma de grandes blocos, e posteriormente realiza-se o seu beneficiamento, através de equipamentos com discos de diamante que cortam esse material em vários formatos de acordo com a sua utilização.
O processo é concluído pela transformação desses blocos cortados em placas, que são polidas e lustradas, para só depois serem comercializadas. Os demais tipos de rochas extraídas durante a mineração também sofrem os processos de dinamitação, transformação em britas, embalagem e comercialização.
A mineração e o meio ambiente
Um símbolo de sofisticação e bom gosto incomparáveis tiveram o seu processo de exploração questionado, principalmente a partir dos anos 2000, onde houve uma importante transformação em sua forma de extração, quando a realidade ambiental e a sua relação com o homem passou a ser o principal foco de debate.
Segundo especialistas, os transtornos causados pela mineração, através da exploração irresponsável dos mais variados tipos de rochas ornamentais, podem ser observados em forma de poluição atmosférica, poluição visual, assoreamento dos rios e lagos, destruição da vegetação nativa; além de vários outros transtornos ao equilíbrio do meio ambiente.
O recomendado atualmente é que essa exploração seja precedida de uma análise da situação ambiental da região, seguida de um estudo sobre formas de minimizar os impactos dessa exploração, culminando com a delimitação de locais adequados para o descarte dos rejeitos, reflorestamento da vegetação; além do treinamento dos trabalhadores do setor.
Somente dessa forma, segundo a opinião de vários especialistas e organizações não governamentais, esse tipo de exploração mineral e de demais materiais rochosos, pode atender às necessidades práticas dos indivíduos, sem comprometer a sobrevivência dos seres vivos em condições ideais.
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