A etapa inicial do trabalho de ensaios de britagem e moagem em laboratório se caracteriza na coleta de fragmentos de rocha, a confecção de lâminas delgadas e/ou seções polidas para realização de estudos petrográficos e mineralógicos, estes extremamente importantes para estudos do grau de liberação.
Em segundo momento se realiza de forma cuidadosa, afim de evitar possíveis contaminações, a britagem da amostra. O pesquisador ou operador deve remover do equipamento, resíduos de amostras utilizadas anteriormente, assim como vestígios de óleos ou graxas existentes no britador ou outro equipamento.
De acordo com Sampaio; “Nos testes de laboratório, os equipamentos indicados para britagem primária são britadores de mandíbulas, nos quais a amostra é reduzida a uma granulometria abaixo de 6,0mm. Na segunda etapa ou britagem secundária, utilizam se britadores de rolos, para reduzir a granulometria da amostra a valores menores que 1,5 ou 0,8mm levando em conta o tipo de minério e/ou a finalidade do estudo”.
Este procedimento permite a redução granulométrica da amostra, com pouca produção de finos, razão pela qual durante o processo de moagem, não se recomenda o uso de moinhos de disco.
Após a etapa de britagem, as amostras devem passar por processos de homogeneização e quarteamento respectivamente. Em seguida tais amostras devem ser estocadas para utilização na etapa de moagem (ressaltando novamente a importância do cuidado a ser tomado, afim de evitar possíveis contaminações das amostras).
Devido a ineficiência (relacionada ao tamanho) dos moinhos usados em laboratório, não se recomenda a moagem de amostras com granulometria superior a 1,5mm. Os moinhos mais recomendados são de barras, bolas ou porcelana, este para o caso de amostras, em que a contaminação com ferro é prejudicial às etapas de beneficiamento subsequentes. Na moagem a úmido, é usual a operação com porcentagem de sólidos na faixa de 50 a 65% (Mosher e Bigg, 2002).
O tempo de moagem para cada ensaio realizado, deve levar em conta a natureza do minério em estudo e deve ser previamente estabelecido pelo pesquisador. De forma geral se usa um intervalo de 5 minutos no processo de moagem.
De acordo com Sampaio;
“Sugere se a realização de ensaios com os seguintes tempos de moagem: 5; 10; 15; 20; 25; 30 minutos ou mais, dependendo, sobretudo, da resposta do minério a essas condições de moagem.
Após os ensaios de moagem, a amostra deve ser transferida do moinho para outro recipiente” ( novamente evitando a contaminação e agora também as perdas durante o manuseio).
Logo em seguida se realiza os testes de peneiramento, assunto que será abordado de forma individual em um próximo artigo.
Imagem : Peggy Greb, US department of agriculture.
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